Práticas de Re-existência e Opção Decolonial nas artes da Amazônia: indígenas pintoras e redes de circulações locais/globais de saberes e objetos
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De Almeida Martins, Renata MariaPalabras clave
Re-existênciasDecolonialidade
Redes locais/ globais
Indígenas pintoras
Amazônia Colonial
Publication date
2020Abstract
Este artigo apresenta alguns resultados de pesquisa acerca da agência* das mulheres indígenas pintoras de cuias e produtoras de vernizes, nas artes do período colonial na Amazônia. São reflexões reunidas em textos anteriores, já publicados ou não, entre 2009 e 2020, e revisados no âmbito do Projeto Jovem Pesquisador FAPESP Barroco Cifrado**. As intensas redes de trocas culturais na região ¿ ativas desde o tempos pré-coloniais entre diferentes povos indígenas ¿ ganharam novos atores a partir da primeira mundialização no século XVI. Levando em conta o ¿giro¿ historiográfico em direção à história da arte global ¿ sem perder as características locais de cada experiência ¿ , assim como os desafios da decolonização e a opção por evidenciar as práticas de re-existências artísticas e culturais em processos de longa duração; procuramos colaborar para destacar a contribuição, quase sempre cifrada e muitas vezes ocultada das
tradições culturais dos povos da Amazônia e das mulheres indígenas ...
Este artigo apresenta alguns resultados de pesquisa acerca da agência* das mulheres indígenas pintoras de cuias e produtoras de vernizes, nas artes do período colonial na Amazônia. São reflexões reunidas em textos anteriores, já publicados ou não, entre 2009 e 2020, e revisados no âmbito do Projeto Jovem Pesquisador FAPESP Barroco Cifrado**. As intensas redes de trocas culturais na região ¿ ativas desde o tempos pré-coloniais entre diferentes povos indígenas ¿ ganharam novos atores a partir da primeira mundialização no século XVI. Levando em conta o ¿giro¿ historiográfico em direção à história da arte global ¿ sem perder as características locais de cada experiência ¿ , assim como os desafios da decolonização e a opção por evidenciar as práticas de re-existências artísticas e culturais em processos de longa duração; procuramos colaborar para destacar a contribuição, quase sempre cifrada e muitas vezes ocultada das
tradições culturais dos povos da Amazônia e das mulheres indígenas no contexto colonial. O problema envolve, portanto, um estudo mais aprofundado da história local, das circulações, trocas e apropriações de modelos e materiais europeus e/ou orientais e/ou da terra (em cuias e vernizes), das transformações ocorridas a partir do conhecimento, da criatividade e do trabalho de artistas indígenas, africanos e mestiços, e das manifestações mais recentes das culturas caboclas e ribeirinhas.